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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Furna do Buraco do Padre - Ponta Grossa - Paraná


O BURACO DO PADRE é uma belíssima furna em arenitos da Formação Furnas (Devoniano da Bacia do Paraná) aflorantes na região dos Campos Gerais, centro-leste do Estado do Paraná. As furnas são feições de erosão subterrânea que se estendem à superfície do terreno, típicas dos arenitos da Formação Furnas, o qual apresenta cimento argiloso que sofre dissolução, favorecendo a decomposição da rocha. O Buraco do Padre é uma furna notável, por permitir facilmente o acesso, a pé, ao interior da mesma, através do leito subterrâneo do Rio Quebra-Pedra. O rio entra na furna através de outro trecho subterrâneo. Nas proximidades da furna principal observam-se ainda outra furna menor, túneis, fendas e escarpas associados às falhas e fraturas. Este conjunto de feições é muito ilustrativo das cavidades subterrâneas encontráveis nos arenitos da Formação Furnas, unidade geológica com importância como aquífero estrutural em uma região com crescente demanda de recursos hídricos. 

Vista do interior da furna do Buraco do Padre

LOCALIZAÇÃO
A furna do Buraco do Padre situa-se cerca de 24 km a leste-sudeste do centro da cidade de Ponta Grossa, no centro-leste do Estado do Paraná, próximo às coordenadas geográficas 24°34' S e 50°14' W. O acesso ao local a partir de Ponta Grossa é feito inicialmente pela rodovia PR-513 (cerca de 18 km) e em seguida por uma estrada vicinal sem revestimento (cerca de 6 km). Esta estrada vicinal inicia-se cerca de 2 km antes da localidade de Passo do Pupo, à direita da rodovia (sentido Ponta Grossa - Passo do Pupo).

Vista de cima da furna

HISTÓRIA
A origem da denominação “Buraco do Padre” é incerta. Não existe registro de sua utilização há cerca de 50 anos, do que se depreende que este nome é relativamente recente. Diz-se que ele decorre do fato de um religioso ter utilizado a intrigante cavidade subterrânea, com forma de um grande buraco, afastado, tranquilo e favorável à introspecção, para seus retiros espirituais.


Rio Quebra-Pedra

O rio que passa pelo Buraco do Padre e túneis associados é o Rio Quebra-Pedra, tributário da margem direita do Rio Quebra-Perna. Este deságua no Rio Guabiroba, afluente do Rio Tibagi, um importante curso d´água do Estado do Paraná, que corre no sentido geral sul-norte, desaguando na margem esquerda do Rio Paranapanema.


Vista do interior da Furna

O Buraco do Padre no ano de 2005, passou a integrar o então criado Parque Nacional dos Campos Gerais,situa-se dentro dos limites da APA - Área de Proteção Ambiental - da Escarpa Devoniana, criada por decreto de 1992, com 324.260,56 ha, estendendo-se pelo Paraná desde os limites com Santa Catarina a sul até os limites com São Paulo a nordeste. É também objeto de lei municipal de 1992 (n° 4.832) transformando-o em parque da cidade de Ponta Grossa. Entretanto, por razões de diversas naturezas, estas leis, que traduzem o reconhecimento do imenso patrimônio natural da região, não chegaram a efetivar se na implantação das unidades de conservação.

O terreno do Buraco do Padre é uma propriedade particular, e os proprietários  realizaram algumas benfeitorias no final da década de 1990, incluindo infraestrutura mínima, banheiros e lavatórios e água  melhorias na trilha de acesso à furna, paralela ao Rio Quebra-Pedra. Estas benfeitorias aumentaram o número de visitantes, mas sem nenhum tipo de orientação e controle das visitas. A própria visitação tem trazido prejuízos para o local, na forma de depredação da flora e das paredes rochosas, erosão do solo, pressão sobre a fauna e lançamento de resíduos no solo e no Rio Quebra-Pedra.

Em cima do Setor de Escalada Favo 

Os escarpados rochosos e campos das proximidades do Buraco do Padre são muito utilizados para esportes tais como escalada, rapel, caminhada, acampamento e trekking. Os praticantes destas atividades, embora na maioria das vezes sejam respeitadores e amantes da natureza, às vezes têm causado impactos como a destruição inadvertida de pinturas rupestres, lançamento de detritos, depredação de paredes rochosas e da flora e incêndios acidentais ou provocados. Além disso, não raro há ocorrência de acidentes envolvendo quedas, às vezes fatais.




terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Mínimo impacto em ambientes naturais - Ética e Prática

Mínimo impacto em ambientes naturais

Hoje em dia, milhares de pessoas procuram os ambientes naturais para atividades de lazer, que vão desde um simples passeio, até a prática de esportes de natureza, como as caminhadas, o montanhismo, a canoagem, a exploração de cavernas, o mergulho e muitas outras.

Nesses locais, a natureza precisa ser tratada com cuidado e respeito. O equilíbrio ecológico e a saúde dessas áreas dependem do bom estado de sua conservação. Saiba que não é possível realizar trabalhos de limpeza e conservação em ambientes naturais, da forma como acontece nas cidades. 

Portanto, a proteção desses locais depende muito do comportamento dos visitantes.

Você pode evitar o impacto da poluição e da destruição das áreas que freqüenta. É só seguir algumas regras simples, que ajudam a proteger o meio ambiente, dão maior prazer à sua visita e previnem acidentes, que nesses lugares afastados, podem ter graves conseqüências.

Estas regras de mínimo impacto, resumidas em 8 princípios, estão sendo adotadas por pessoas em todo o planeta. Seguindo e ajudando a divulgar o conteúdo dessa publicação, você estará ajudando a preservar os lugares que vem desfrutando hoje, sempre na melhor condição, para você e para os outros visitantes.

8 Princípios Pega Leve!

 Planejamento é fundamental
 

  • Entre em contato prévido com a administração da área
  • Informe-se cobre as condições climáticas do local
  • Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas
  • Evite viajar para áreas populares
  • Não esqueça dos sacos de lixo
  • Só faça atividades dentro de sua capacidade
  •  Você é responsável por sua segurança
     

  • O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo
  • Calcule o tempo total que passará viajando e deixe um roteiro
  • Avise a administração da área que você está visitando
  • Aprenda as técnicas básicas de segurança
  • Tenha certeza de que você dispõe do equipamento apropriado
  • Caso você não tenha experiência,não se arrisque sozinho
  •  Cuide dos locais de sua aventura
     

  • Mantenha-se nas trilhas pré-determinadas
  • Mantenha-se na trilha mesmo se ela estiver molhada
  • Acampando,evite áreas frágeis
  • Não cave valetas ao redor das barracas
  • Bons locais de acampamento são encontrados,não construídos
  • Não deixe evidência de sua passagem 
  •  Traga seu lixo de volta
     

  • Se você pode levar uma embalagem cheia pode trazê-la vazia na volta
  • Não queime nem enterre o lixo
  • Utilize as instalações sanitárias,sempre que existirem
  •  Deixe cada coisa em seu lugar
     

  • Não construa qualquer tipo de estrutura
  • Não leve nada para casa
  • Tire apenas fotografias,deixe apenas suas pegadas e leve apenas lembranças
  •  Evite fazer fogueiras
     

  • Fogueiras enfraquecem o solo
  • Para cozinhar, utilize um fogareiro próprio para acampamento
  • para iluminar, utilize um lampião ou uma lanterna ao invés de uma fogueira
  • Para se aquecer, tenha a roupa adequada para o clima do local que está visitando
  •  Respeite os animais e as plantas
     

  • Observe os animais a distância
  • Não alimente os animais
  • Não retire flores e plantas silvestres
  •  Seja cortês com os outros visitantes e com a população local
     

  • Ande e acampe em silêncio
  • Trate os moradores da área com cortesia e respeito
  • Mantenha as porteiras e cancelas como as encontrou
  • Deixe os animais doméstico em casa
  • Evite cores fortes e vibrantes
  • Colabore informando outro visitantes sobre o Pega Leve!

  • O mais importante é lembramos que praticar o mínimo impacto é uma questão de atitude e depende apenas de você !

    Com a popularização do ecoturismo e dos esportes praticados em ambientes naturais, o aumento crescente de pessoas que visitam esses locais impõe a necessidade de adotarmos atitudes e práticas que minimizem os impactos causados por essas atividades. Assim, será possível compatibilizar as atividades de conservação da natureza e ecoturismo, respeitando-se tanto os ecossistemas como a diversidade de expectativas e a qualidade da experiência dos visitantes.
    Em muitos países, existem programas bem sucedidos para educação do visitante de ambientes naturais, traduzidos em códigos de conduta que estabelecem a ética e apresentam as técnicas de mínimo impacto.

    Programa Pega Leve! foi desenvolvido para proporcionar um conjunto de princípios e práticas sobre mínimo impacto para atividades recreativas em ambientes naturais, adequado à realidade brasileira. Os textos descrevem como praticar mínimo impacto em diferentes atividades e ambientes, seja em um curto passeio dentro de um pacote ecoturístico ou em um treking de vários dias organizado por um grupo de excursionistas.


    Colabore com divulgação do Pega Leve! sempre que tiver a oportunidade
    Compartilhe com seus amigos os princípios de mínimo impacto em ambientes naturais. Discutir essas questões em grupo pode ser uma iniciativa muito esclarecedora, porque a conduta consciente só acontece quando reconhecemos e adotamos os argumentos apresentados, o que pode levar a uma mudança positiva de comportamento e atitudes que ajuda a preservar nosso patrimônio natural. Você pode ajudar facilitando o acesso à essa informação e divulgando a ética e as práticas de mínimo impacto.

    segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

    Cicloturismo - Ponta Grossa - Paraná


    Sobre a atividade: Cicloturismo

    O cicloturismo propicia aos aventureiros uma indescritível sensação de liberdade,desenvolvimento do equilíbrio físico/mental, bem como um maior e constante contato com a natureza, povos e culturas diversas. É uma atividade que expande os pensamentos, despertando virtudes e princípios de solidariedade conjugados a desafios, obstáculos e aprendizados vividos em cada quilômetro percorrido durante o destino. É um esporte não poluente e econômico, que possibilita a conquista de fortes amizades e grandes descobertas inimagináveis.É uma modalidade de viagem turística usando a bicicleta não só como meio de transporte, mas como uma companheira de viagem, geralmente em estradas secundárias e caminhos de interior. O cicloturista (aquele que faz a viagem de bicicleta) busca aventura, belezas naturais e simplicidade, mas aprecia conforto e bons serviços.

    Chegando na cachoeira

    Descrição do local

    Localizada aproximadamente 12 km do centro da cidade de Ponta Grossa sentido bairro de Uvaranas/Alagados seguindo as placas da Usina Hidrelétrica Pitangui, antes de chegar na Usina já se avista os trilhos da ferrovia à esquerda é só acompanhar a trilha que acompanha os trilhos até a primeira ponte férrea, não existe nenhuma infraestrutura no local.

    Flora exuberante na Cachoeira

    Cachoeira da Primeira Ponte - Ponta Grossa - Paraná 
    PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE ROTEIROS DE CICLOTURISMO ESCREVA PARA CLEVERTON.ADVENTURES@GMAIL.COM OU WHATAPP 42 999 165313 E AGENDE JÁ ESSA AVENTURA AQUI NOS CAMPOS GERAIS DO PARANÁ

    Cânion da Chapadinha – Cachoeira Paulina - Piraí do Sul - Paraná


    Sobre a atividade:

    Caminhada: consiste na realização de percurso a pé, em ambientes naturais com pouca infraestrutura, com diferentes graus de dificuldade. Pode durar desde uma hora até um dia inteiro, mas o praticante retorna ao seu local de origem para pernoitar.

    Descrição do local:  A Pousada Serra do Pirahy, cujo nome deve-se a um elemento da geodiversidade local, situa-se junto à PR-090, logo após a subida da Escarpa Devoniana para quem se desloca no sentido Piraí do Sul-Ventania.  No local será recebido pelo proprietário da Pousada o Senhor Emerson onde deve acertar o valor da entrada e até se preferir deixar marcado um belo café colonial para a volta da caminhada, no local existe diversos atrativos naturais como a Cachoeira da Paulina, Cânion da Chapadinha também conhecida por Cânion da Palmeirinha, lajeados, lapas com pinturas rupestres, relevos ruiniformes, elementos que individualmente ou em conjunto, revelam um magnífico cenário na região dos campos gerais do Paraná. 

    Mirante do Cânion da Chapadinha e Cachoeira da Paulina
    Percurso: Aproximadamente quatro quilômetros por trilhas em campos e mata, a trilha é considerada moderada, por isso é bom iniciar a caminhada cedo para se fazer a trilha sem pressa apenas apreciando toda região sendo ela formada por relevo acidentado formando vários cânions de diversas dimensões, também há vários pequenos riachos de águas transparentes que forma belas piscina naturais e em seguida se transformam em cascatas sendo a principal a Cachoeira da Paulina com aproximadamente 60 metros, tudo isso emoldurado pôr uma flora e fauna exuberante.




    Cachoeira da Paulina


    Dicas de Segurança

    • Contrate serviços de guias que possuam certificado junto ao Ministério do Turismo para esta atividade. Isso assegura que cumpra Lei Geral do Turismo e as normas técnicas referentes à atividade, de modo que a sua experiência seja segura e prazerosa.
    • Informe-se bem sobre as condições da caminhada: distância, tempo do percurso, inclinação do terreno, condições climáticas do dia e do local. São importantes para você avaliar sua disposição em participar.
    • Use sempre roupas e calçados confortáveis e adequados às condições climáticas do local. No inverno ou em lugares com grande altitude vista-se em camadas, evitando assim sentir calor demais durante o percurso ou frio demais no topo da montanha (se for o caso), onde sempre venta mais.
    • Use protetor solar e proteja a cabeça com bonés ou chapéus.
    • Beba água sempre (mesmo antes de sentir sede).
    • Alongue-se antes e depois de caminhar.

    Agende já essa aventura!



    Guia de Turismo




    Saudações Aventureiros meu nome é Cleverton Bigaski tenho 35 anos desses vinte anos de muitas aventuras, toda essa vivência me levou a entrar na universidade e cursar bacharelado em Geografia, sou Guia de Turismo credenciado pelo MINISTÉRIO DO TURISMO onde atuo no segmento de ecoturismo e turismo de aventura, praticante de trekking, montanhismo, mountain bike, off-road e canoagem. Já faz algum tempo estou para publicar minhas aventuras tanto como profissional do turismo, em família, com amigos e também solo, na grande maioria são no meu estado o Paraná e também algumas pelo Brasil.